Dicas de viagem: Oktoberfest - Blumenau - SC

Todo mundo já ouviu falar da Oktoberfest, a conhecida festa da cerveja que acontece anualmente em Blumenau, desde 1984. As imagens na TV sempre mostram os pavilhões lotados, gente bonita e muita cerveja, é claro! Quando cogitava conhecer a festa, sempre pensava o seguinte: deve fazer frio (eu fujo de frio), deve ser clima de azaração total (já passei dessa fase) e regada à cerveja (que eu não bebo), então, o que eu vou fazer lá ? Assim, nunca me interessei em conhecer a festa.

No ano passado, nós levamos nossos filhos ao Beto Carrero World, em Penha-SC (já postei sobre essa viagem aqui), e demos uma esticadinha para conhecer Blumenau. Me encantei com o charme da cidade ! Vendo a cidade toda arrumadinha e os pavilhões onde a Oktoberfest acontece bem estruturados, bateu uma curiosidade de como seria a festa... Então, resolvemos conhecê-la!

Ir para a Oktoberfest e ficar hospedado em Balneário Camboriú tem a vantagem de que você desfruta das praias lindas e curte os pontos turísticos de balneário e região durante o dia (veja nesse post sobre Balneário Camboriú) e vai para a festa à noite. Foi o que fizemos.

A distância entre Balneário Camboriú e Blumenau não é grande coisa, cerca de 45 km, mais ou menos 1 hora de carro. Você pode alugar um carro sem receio, pois a estrada é tranquila. Nós contratamos o transfer para a festa, mas acabamos fazendo o deslocamento de carro no dia seguinte, sem problemas.

Agora vamos falar do objetivo desse post: a Oktoberfest !
   
(Imagem: site oficial do evento)

A Oktoberfest é muito mais que a festa da cerveja! É a festa da cultura e tradição blumenauense. 

Blumenau foi fundada por um filósofo e farmacêutico alemão chamado Hermann Bruno Otto von Blumenau, que chegou à região em 1850, com outros 17 alemães, e deu o nome à cidade. No final do século XIX, vieram outros imigrantes europeus, como italianos e poloneses, mas a principal influência da cidade vem dos alemães.

A festa é uma forma de preservar a tradição alemã: na música, na dança, nos trajes, na gastronomia. É uma grande festa folclórica, em que pessoas de qualquer idade saem às ruas vestidas de Fritz e Frida (personagens da cultura alemã) amarradonas. Na verdade, a própria organização estimula isso, ao oferecer gratuidade ou meia entrada, a depender do dia, na entrada na festa àqueles que vão tipicamente vestidos. Detalhe: tem portaria publicada pela Secretaria de Turismo que define as características de um traje de Fritz e Frida.
(Imagem: site oficial da festa - Frida e Fritz)

São 18 dias de festa - não somente os finais de semana - em que Blumenau se torna o centro das atenções do estado. Em todos os telejornais se acompanha o evento, que não se limita aos pavilhões da Vila Germânica, já que as ruas principais do centro da cidade recebem os tradicionais desfiles, realizados por diferentes grupos recreativos e culturais. 

Na última noite, acontece a escolha da rainha e das princesas da festa do ano seguinte. A dinâmica é igual escolha de miss, com desfile, discurso das candidatas, torcida. Muitas loiras querendo esse posto. As vencedoras já começam a reinar no dia seguinte, atuando nas ações de divulgação da festa do próximo ano.

Os pavilhões são enormes. No contorno, estão espalhadas as cervejarias. Na frente, o palco. No centro, mesas e cadeiras e uma área livre onde as pessoas dançam e acompanham a coreografia indicadas pelos dançarinos no palco. Esqueça a vergonha e se solte na dança do marreco e outros temas que você nunca ouviu, mas que o pessoal canta como se fosse o hit do momento. 

Você vai de um pavilhão para o outro, cruzando por dentro deles, que se interligam. Cada pavilhão, uma banda diferente, mas a mesma animação. Fora dos pavilhões, tem uma grande praça de alimentação, com diversas opções da gastronomia, do básico ao típico. Além disso, na área externa você tem as lojas da própria vila, que permanecem abertas o ano todo, onde pode comprar uma lembrancinha pra trazer ou um traje típico, se se empolgar mesmo. Vai que...

Nós fomos justamente no último fim de semana da festa. Não sei se o pessoal já estava no clima de fim de festa, mas o que vi foi uma festa tranquila. Nada daquele tumulto que te impede de circular nem filas gigantescas pra comprar comes e bebes. Mas repito, pode ser impressão de fim de festa.

Concluindo: a Oktoberfest é mais que a festa da cerveja, é festa da cultura alemã. Não é pura azaração, ao contrário, achei a festa bem família. E pra fechar com chave de ouro, estava calor ! Dia inteiro de sol quente e noite com temperatura de verão. Meus pré-conceitos caíram por terra! Mas eu não tenho problema algum em mudar de opinião... Você tem ? Se você também pensa como eu pensava, dá uma esticadinha até lá pra tirar suas conclusões. A próxima Oktoberfest já tem data: 8 a 26 de outubro de 2014!

Ein Prosit! (Um brinde!)


Todo mundo já ouviu falar da Oktoberfest, a conhecida festa da cerveja que acontece anualmente em Blumenau, desde 1984. As imagens na TV s...

Borboletas


Lindas, leves e livres...

As borboletas parecem estar o tempo todo celebrando. Não têm problema de autoestima, já que são belas por natureza. Não devem se sentir deprimidas, pois são leves em essência. Não se aprisionam em padrões e estereótipos sociais, porque são livres. Ah, borboletas... Vida perfeita...

Mas será que sempre foi assim mesmo ?

Antes de virar borboleta, o que se via era uma lagarta. Argh! Imagina a vida de uma lagarta ? Viver fugindo de ser esmagada, mas já esmagada pela vida. E não estou falando isso por causa da beleza, porque as lagartas são belas ao seu modo. O problema da lagarta está na beleza da alma. A lagarta vive se escondendo da vida entre as folhas. Quando é vista no chão, fugindo de ser pisada por um ser insensível qualquer, não se esforça para mostrar seu valor, porque ela mesma não reconhece que tem. A lagarta está perdida. Precisa encontrar o sentido da sua existência.

Até que um dia, a lagarta cansa de ter pena de si mesma e resolve mudar. Se isola no seu casulo e começa uma transformação, de dentro para fora. E assim, ela se reinventa. Uma verdadeira metamorfose: a lagarta fica para trás e dá lugar à borboleta.

Linda e com asas para voar. Perfeita ! Será ? Nem sempre! Muitas borboletas não conseguem enxergar a força que têm por trás da aparente fragilidade. Ganharam asas, mas têm medo de voar. Continuam presas ao passado de lagarta. Por isso se escondem, se camuflam. Esquecem que o mimetismo é uma forma de defesa, não de fuga. Precisam enfrentar a vida, aproveitando a experiência do passado a seu favor, não como uma trava, que aprisiona a sua alma, mas como um impulso para avançar por novos horizontes.

Quando a borboleta toma coragem para se aventurar por terras desconhecidas, aí, sim, ela percebe que ficar no chão, por baixo, como a lagarta, já não é mais uma opção, porque está segura em suas próprias asas. Ela já aprendeu a voar. 

Quem olha uma borboleta, linda, leve e livre, esquece o que ela precisou superar para se transformar. Por isso ela celebra alegremente, a cada bater de asas, o seu triunfo: a vida seguiu e encontrou o seu sentido.

Essa é uma importante lição da natureza: todos nós podemos deixar para trás a lagarta e nos transformar em borboleta, mas essa mudança só depende de nós mesmos.

Falando em borboletas, tem uma citação de Mario Quintana que eu adoro:

"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você."

Muitas vezes a gente fica procurando a borboleta, mas não percebe que o nosso jardim está devastado e que isso impede a sua aproximação. Somente quando a gente toma consciência do estado do jardim e decide remover as ervas daninhas que se enraizaram com o tempo, é que se abre espaço para que novas sementes germinem e o jardim novamente floresça. Aí, é questão de tempo para a borboleta certa pousar.

Lagartas, Borboletas, jardins... Não importa a metáfora. O que importa é que tudo se renova. E são essas transformações que dão sentido à nossa existência.

Lindas, leves e livres... As borboletas parecem estar o tempo todo celebrando. Não têm problema de autoestima, já que são belas po...

A Parábola do Passarinho

Ontem, ouvi a seguinte parábola, que achei tão interessante que decidi postar:

“Um monge e seu discípulo subiam uma montanha em direção ao mosteiro quando avistaram quando avistaram um passarinho caído no meio da neve, já sem força, quase congelando. Possivelmente não havia aguentado migrar naquele inverno rigoroso.

O discípulo se compadeceu do passarinho, retirou-o da neve e tentou aquecê-lo junto ao seu corpo. Olhou ao redor e viu um monte de estrume, recém defecado por um boi que pastava ali perto. Aninhou o passarinho no estrume, que sentindo o calor a sua volta, começou a piar alegremente. 

Vendo que havia salvo o passarinho, o discípulo seguiu alegremente em direção ao Mestre, ouvindo o canto do passarinho. Deu apenas alguns passos adiante quando viu um gavião se aproximar vorazmente, mergulhar sobre o estrume e levar o passarinho. 

Inconformado, o discípulo questionou o mestre:

- Mestre, como pode o passarinho acabar nas garras do gavião ? Tem alguma lição por trás disso que eu devo aprender ?

Do alto de sua sabedoria, o Mestre respondeu:

- Não há apenas uma lição, mas três, meu caro discípulo. A primeira é: "Nem sempre quem te põe na merda é seu inimigo". A segunda: "Nem sempre quem te tira da merda é seu amigo." E a mais importante: "Quem está na merda, não pia!"

Acho que a parábola dispensa comentários...




Ontem, ouvi a seguinte parábola, que achei tão interessante que decidi postar: “Um monge e seu discípulo subiam uma montanha em direção a...

5 dias em Nova Iorque


Lembro bem de dizer à minha mãe, ainda na adolescência, que um dia eu iria assistir a um musical na Broadway. Parecia um sonho distante, para quem nunca tinha entrado num avião e nem tinha viajado para fora do estado, que dirá do país! Mas minha mãe sorriu e disse: vai sim!

Anos se passaram e aqui estou eu, pronta para compartilhar a minha primeira viagem a Nova Iorque! 5 dias apenas, mas que aproveitamos intensamente. Nossa primeira viagem sem as crianças (deu um apertinho no coração...), mas elas ficaram com meus pais, ou seja, melhor impossível! E eu via nos olhos da minha mãe que ela estava se realizando tanto quanto eu nessa viagem! Nosso sonho se concretizava!

Pesquisei dicas, conversando com amigas que já conhecem bem a cidade e vasculhando a internet, para que pudesse aproveitar ao máximo esses 5 dias. Sabia que não daria para fazer tudo que queria, mas já tinha a minha lista dos locais que não me perdoaria se não visitasse.

Compartilho aqui o meu roteirinho básico, que está também detalhado no diário dos 5 dias da viagem (basta clicar em cada dia). Não foi uma correria desenfreada, que a gente só pára para respirar quando chega em casa e vê as fotos. Não. O que eu queria era viver um pouquinho a intensidade daquela cidade. Se era para sentar no banco do Central Park, então era para respirar e curtir aquele momento. Se era para andar pela Times Square, era para apreciar aquele turbilhão de comunicação visual. Se era para subir o alto do Top of the Rock ou do Empire State, era para contemplar a cidade mesmo! Enfim, vivenciamos cada momento!

- Chegada às 10h
- Passeio de double decker (ônibus turístico de dois andares) pelos principais pontos da cidade
- Times Square (“a bola!”)
- Quinta Avenida
- Museu de Cera Madame Tussauds
- Jantar: Buddakan


2º Dia - MIDTOWN MANHATTAN

- Bryant Park
- New York Public Library
- Rockefeller Center (estátuas de Prometheus e de Atlas)
- Top of the Rock
- St. Patrick’s Cathedral
- Radio City Music Hall
- Grand Central Terminal
- Musical na Broadway: Spider-Man (o primeiro musical a gente nunca esquece!)
- Empire State Building
- Jantar: Bubba Gump

3º Dia - LOWER MANHATTAN

- Estátua da Liberdade e Ellis Island (Immigration Museum)
- Financial District / Wall Street
- Charging Bull – O touro de Wall Street
- Ground Zero / National September 11 Memorial & Museum
- South Street Seaport - Pier 17
- Brooklyn Bridge
- Times Square
- Jantar: Hard Rock

4º Dia - UPPER MANHATTAN

- Dakota Building
- American Museum of Natural History
- Central Park
- Central Park Boathouse
- Monumento da Alice no País das Maravilhas
- Central Park Zoo
- Ice Rink
- Friedsam Memorial Carousel
- Jantar: Shake Shack
- Musical na Broadway: MammaMia! (Here I go again...)

5º Dia

- Times Square
- Metropolitan Museum of Art
- Partida para o aeroporto às 16h



Espero que a sua viagem seja um sonho como foi a minha!

Lembro bem de dizer à minha mãe, ainda na adolescência, que um dia eu iria assistir a um musical na Broadway. Parecia um sonho distan...

Diário de viagem: 5 dias em Nova Iorque (Dia 5)

Dia de dizer tchau!

Tomamos café no Junior’s, com aquela pena de ser o último (dessa vez!). Enquanto tomávamos café, fiz a reserva do shuttle para o aeroporto. Agendado o horário, passeamos pelas ruas do entorno e fizemos o check out, deixando as malas guardadas no próprio hotel. E fomos aproveitar o último dia. 

Pegamos o metrô em direção ao Metropolitan Museum of Art (5th Avenue at 82nd St), o famoso MET. O museu conta com um acervo de mais de dois milhões de itens, desde a Antiguidade até a arte moderna.  O museu funciona de 10 às 5:30 pm. 

O que mais nos chamou a atenção foi a área egípcia, onde você encontra tudo que imaginar: artes, tumbas, criptas, múmias. Vale a pena explorar. Fica logo no primeiro piso. 



Também gostamos da seção de armas antigas e armaduras do mundo inteiro. 


Você passa uma tarde inteira lá e não percebe. Como nós tínhamos que voltar ao hotel para pegar o transporte às 4pm, deixamos muita coisa pra trás. Com certeza, voltando à cidade, retornaremos ao MET. 

Pegamos um táxi em frente ao MET e voltamos ao hotel. Na hora marcada, lá estava o nosso transporte. Era hora de dar tchau. 

E assim encerramos nossos 5 dias em Nova Iorque. Para primeira vez e pelo tempo curto que tivemos, deu para conhecer de uma forma geral os principais pontos turísticos da cidade. E o mais importante: assisti a dois musicais !!! Estava mais que realizada !!! Mas saí de lá convicta de que ainda não vi nada e que temos que planejar outra viagem. Se Deus quiser, em breve! 


"If I can make it there 

I'll make it anywhere
It's up to you
New York, New York" 


Dia de dizer tchau! Tomamos café no Junior’s, com aquela pena de ser o último (dessa vez!). Enquanto tomávamos café, fiz a reserva do sh...

Diário de viagem: 5 dias em Nova Iorque (Dia 4)

Upper Manhattan

Dia de conhecer o Central Park! Pegamos o Double Decker novamente e fomos apreciando o trajeto Uptown. Passamos em frente ao Dakota Building (72nd st), edifício em frente ao qual John Lennon foi assassinado e onde Yoko Ono ainda mora. Descemos em frente ao Museu Americano de História Natural. Ainda não estava aberto (funciona de 10 às 5:45 pm), então procuramos uma cafeteria por perto para tomar café.


O Museu Americano de História Natural (American Museum of Natural History, Central Park West at 79th Street) tem mais de 32 milhões de espécimes de animais, plantas, minerais, meteoros, artefatos culturais, etc. Além disso, tem a maior coleção de fósseis do mundo, inclusive de Dinossauros. Logo na entrada, um fóssil de barossauro dá as boas vindas. É nesse museu que trabalha o Ross, na série Friends, e também foi esse museu o cenário do filme “Uma noite no Museu”, com Ben Stiller. Impossível não lembrar, em especial diante da estátua de Roosevelt.


A entrada também estava no talão de CityPass e ainda dava direito a assistir uma apresentação no Planetário do Museu - Rose Center for Earth and Space - um passeio virtual de 30 minutos pela Via Láctea, narrado por Whoopi Goldberg. Você se acomoda na poltrona, olhando para o teto, e a cúpula se torna uma grande tela de projeção. Tem que assistir. 

Ficamos mais de 3 horas circulando pelo museu. Cada seção mais interessante que a outra. Aceleramos porque tínhamos ainda que visitar o Central Park. O Metropolitan também estava programado para esse dia, mas sem chance! Resolvemos deixar para o dia seguinte, para ficar mais tempo no AMNH.

Saindo do museu, pegamos a primeira entrada para o Central Park. Hora de caminhar. Andamos, andamos, andamos. Ar puro, pessoas tranqüilas sentadas nos bancos, lendo livros. Outras, passeando com as crianças ou praticando jogging. Olhando entre as árvores e canteiros, era fácil para ver um esquilo correndo. Muitas folhas no chão, afinal, estamos em pleno outono em Nova Iorque!


Não me perguntem pra que direção andamos. Não tínhamos a menor ideia. Eu imaginava que o Central Park era grande, mas não imaginava que fosse tããããão grande. Continuamos andando, até que sem querer chegamos ao Lago, e logo em frente ao Boathouse, e também a uma fonte (Bethesda Fountain). Já tinha visto esses locais nos filmes Harry e Sally e Encantada. Ali perto, finalmente encontramos a estátua de bronze de Alice no País das Maravilhas (East Side at 74th Street). Primeira meta atingida.


A meta seguinte era conhecer o Zoológico, onde eu esperava encontrar o leão que inspirou o personagem do filme Madagascar. Pegamos um bicitaxi e seguimos até lá (830 5th Ave). Fizemos um lanchinho leve antes de entrar. Já passava das 4pm, o Zoo fechava às 5pm. Corremos para percorrer todo o zoo em meia hora, dando pouca importância para o se que via, porque eu queria mesmo era fotografar o leão. Até que percebemos que já tínhamos visto tudo, e nada do leão. Procurei um guarda para a pergunta inevitável: afinal, onde estava o leão ? O cara olhou pra minha cara sem me dar muita bola: “There’s no Lion!”. Que micão! Não tem leão no zoo. Do Madagascar, somente os pingüins realmente existem lá. Tolinha... Vai acreditar em filme, vai ! Meu marido achou a piada da viagem...


Mas o Zoo é bem cuidado e organizado. Tem um megaviveiro onde as aves voam livremente, em meio a árvores e plantas. Tem macacos, cobras, sapos e afins, ursos polares, até leões marinhos. O ingresso custa US$ 18 por adulto.

Depois do mico do zoológico, fomos na direção de outro local que eu queria conhecer: o Carrossel! Andamos, andamos... Até que chegamos... ao Ice Rink (East Side 62nd and 63rd St). Como ainda era início do outono, a pista não estava aberta. Não tinha gelo, nem glamour. E olhando de perto, pareceu bem menor que nos filmes. 

Continuamos na caminhada, até que finalmente encontramos o Carrossel ! Vimos de longe o cume da estrutura e fiquei empolgada que ia dar uma volta naquele ícone do Central Park. Chegando perto, a decepção: fechado! O carrossel fecha às 5pm. Beleza... Pra não quebrar o encanto para quando eu voltar com as crianças.


Andamos mais um pouco e encontramos adolescentes jogando beisebol num campo. Meninos e meninas jogando juntos. Paramos um pouquinho para assistir aquele esporte tão diferente para nós brasileiros. 

Caminhamos muito e penamos para pegar um táxi. Entendemos porque muitos filmes mostram a disputa das pessoas por um táxi em Nova Iorque. É uma realidade. Nenhum táxi livre! Depois de muita tentativa e de andar bastante tentando achar um local melhor para pegar um carro livre, vimos o acesso ao metrô e decidimos arriscar. Não deixava de ser mais um passeio em Nova Iorque: andar de metrô.

Não tinha guichê. Tínhamos que comprar o ticket na máquina. O primeiro ticket saiu na boa, o segundo, não. Depois de muita tentativa, resolvemos pagar em dinheiro. Aí entendemos que como o ticket tinha validade de 2 horas, a máquina não aceitava comprar o segundo com o mesmo cartão de débito que acabara de pagar um ticket ainda válido. 

Embarcamos no metrô e foi bem diferente do que imaginava. Esperava um ambiente sujo, mal cuidado, pessoas mal encaradas (como nos filmes), mas o que encontrei foi um ambiente limpo e  pessoas educadas. Pedimos informação para entender o mapa das linhas e saber qual a estação mais próxima da Times Square e as pessoas a quem perguntamos foram super solícitas. Em menos de 10 minutos, já estávamos lá. Achei o máximo! Não sei nem andar no metrô no Rio (meu bairro ainda não é atendido pelas linhas), mas peguei a manha em Nova Iorque!

Quase 6:30pm e estávamos sem almoço. Fomos ao Shake Shack (8th Ave between 43 and 44 St), que uma amiga havia me recomendado, dizendo ter o melhor hambúrguer de Nova Iorque. Ficava ali pertinho do hotel. Compramos e levamos para comer no quarto, porque estava muito cheio lá. Noooossa! Seguramente foi o melhor hambúrguer que já comi! 

Mas não dava pra saborear muito não, porque tínhamos que correr, estava quase na hora de sair de novo. Na programação, às 8pm, Mamma Mia!


Mamma Mia! é no Winter Garden Theater (1634 Broadway), também pertinho. Comprei o ingresso pela internet (Broadway.com) antes de ir, para garantir um bom lugar (Orchestra G 103-104) e por medo de esgotar (marinheira de primeira viagem), já que uma amiga havia me recomendado esse musical. Mas vi nos TKTS que é um show que dá pra comprar no dia, pegando ainda um bom lugar, e a um preço bem melhor, claro. Podem arriscar!

A estória é de uma menina vai se casar e tem o sonho de ser levada ao altar pelo pai, que não conhece. Encontra num diário antigo da mãe pistas de três possíveis pais e os convida para seu casamento, na esperança de descobrir quem é. Aí começam as confusões e conflitos, quando a mãe se depara com os três e vê reacender uma antiga paixão. A estória é bem “mamão com açúcar”, o elemento principal é que é embalada pelas músicas do ABBA. Músicas que marcaram gerações, como Dancing Queen, Mamma Mia, The winner takes it all, Chiquitita, dentre outras. Adorei! Saí da peça leve...

Tem um filme baseado na peça, com Meryl Streep, que eu ainda não tinha visto, o que foi bom, porque tudo foi novidade. Só procurei para ver depois que voltamos e o enredo é exatamente o mesmo. Recomendo a peça e o filme! Mas se não curtir ABBA, esqueça...

Depois do show, fechamos a noite na Times Square, olhando as lojas. Me encantei pela Disney Store, muito maior e mais sortida que as lojas Disney que conheci em Orlando, mas tudo bem que lá só visitei as lojas de outlets, então, tinham muita coisa de coleções passadas.

No quinto dia: Metropolitan Museum of Art, o MET! Leia aqui!

Upper Manhattan Dia de conhecer o Central Park! Pegamos o Double Decker novamente e fomos apreciando o trajeto Uptown. Passamos em fre...

Diário de viagem: 5 dias em Nova Iorque (Dia 3)

Lower Manhattan

Novamente começamos o dia com o café no Junior’s. Depois, pegamos o Double Decker, direção Downtown, para seguir para Wall Street.

Wall Street é exatamente aquilo que você viu nos filmes de mesmo nome (Wall Street e Wall Street, o dinheiro nunca dorme), com Michael Douglas: prédios enormes, pessoas apressadas, de terno ou tailler, café na mão, falando no celular. Exatamente o que se espera de um grande centro financeiro. Me estressou só de ver...

Nossa primeira parada era visitar a Estátua da Liberdade. Descemos do Double Decker no Battery Park, onde fica o acesso aos catamarãs. Seguindo pelo parque, você encontra a Sphere, escultura de bronze que ficava no World Trade Center, saiu intacta do ataque às torres gêmeas e hoje está no Battery Park como um monumento dedicado às vítimas de 11/9. 

A Bilheteria abre a partir das 7h45. As embarcações partem a cada 30-45 minutos. A primeira embarcação sai às 9h30. Como já estávamos com o CityPass, não passamos pela bilheteria.

A Estátua da Liberdade e a Ilha Ellis são patrimônios nacionais protegidos. É necessário passar por um posto de segurança, com nível de segurança de aeroporto. Passando por ali, você vai em direção ao deck onde estão as embarcações. Demos sorte, a embarcação já estava atracada e não esperamos nem 15 minutos para lotar e partir. Quanto mais o catamarã se afastava da ilha, mais bonita era a vista de Manhattan. Até que de repente, olhamos para o lado, e já estávamos ali, frente a frente com a Sra Liberdade! 

Olhando a estátua de perto, pensei orgulhosa: “Ah! O Cristo Redentor é bem mais alto!”. Mas pesquisei a respeito e descobri que a estátua tem altura total de 92,9m, contando com a base. A altura real só da estátua é de 46,5m. Já o Cristo Redentor tem 30m, chegando à altura total de 38m com a base, portanto, a Estátua da Liberdade é maior, com ou sem a base. Porém, o Cristo Redentor está no alto do Morro do Corcovado, que possui 710 m de altura. Isso dá a percepção de que o Cristo Redentor é enorme.

Voltando ao foco, descemos em Ellis Island, onde fica a Estátua da Liberdade, e fomos direto em direção à estátua, pois eu queria subir até a coroa. Aí rolou a decepção: o ingresso para a ida à ilha não inclui a visita à estátua. Esta é paga à parte e a compra de ingresso é antecipada (pela internet ou no guichê em Battery Park). Não é possível comprar na ilha. Tentei até comprar pela internet na hora, mas o voucher tinha que ser apresentado impresso. Sem exceção. Fiquei frustrada! A solução foi circular pela ilha, buscando o lado que a grade mais se aproximava da base da estátua, para tirar fotos de lá. Ficou a desculpa pra voltar. 

De volta à Manhattan, hora de andar pelo Financial District. Subimos pela Broadway e encontramos o Charging Bull, o Touro de Wall Street, símbolo de otimismo e prosperidade financeira. Diz a tradição que você tem que segurar no chifre, focinho e nas bolas do touro para ter sorte e prosperidade. É claro que eu não ia deixar de fazer a minha parte, né ? Vai que...



Continuamos ainda subindo a rua, até ver as placas indicando nossa próxima parada: o Ground Zero, local onde antes ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center e hoje está o National September 11 Memorial & Museum. A visita é necessária, mas é bem baixo astral. Você entra no memorial (passando por toda a segurança no acesso) e vê ali um parque bonito, mas triste pela história que carrega. Exatamente onde ficavam as torres gêmeas, foram construídas duas piscinas em cascata, onde as águas jorram sem cessar. No entorno da borda, os nomes gravados de todas as vítimas do ataque às torres de 2001 e também de 1993. Fica claro que o monumento simboliza a ferida aberta no coração de Nova Iorque e que a cidade continua chorando. 


O ambiente é pesado, como não poderia deixar de ser, mas no meio do parque tem uma árvore cercada que chama a atenção. Conhecida como “Árvore sobrevivente”, ela foi a única que sobreviveu ao ataque. Foi transferida para um local onde passou por um inverno rigoroso, parecia que não resistiria, mas agüentou e está de novo no seu local de origem, firme. A árvore traz esperança ao local, onde também se vê que do outro lado, já está sendo erguida uma nova torre. A vida segue.

Saímos do Memorial em direção ao ponto do Double Decker, rumo ao Pier 17. Impossível seguir a pé, meu calcanhar estava me matando! Já tinha inclusive comprado um plastro na farmácia e uma pomada anestésica. Não estava acostumada a andar tanto como nesses dias!


O Pier 17 foi outra decepção. Havia pesquisado que o South Street Seaport era um bairro tradicional às margens do East River, que tinha um bonito shopping (Pier 17) com diversas lojas e restaurantes, música ao vivo, local ideal para apreciar o por do sol e a vista da Brooklin Bridge. Ali também estaria o South Street Seaport Museum, com embarcações e peças históricas e o Titanic Memorial Lighthouse, monumento às vítimas do Titanic. Estava ansiosa para conhecer o local, almoçar por ali, visitar o memorial do Titanic e, quem sabe, alugar bicicletas para atravessar a ponte. Mas o que vi foi um local com aspecto abandonado, com todas as lojas fechadas, apenas um restaurante funcionando, em condições bem ruins. Parecia um píer fantasma. Aí descobri que o Pier 17 havia sido devastado pelo Furacão Sandy no ano passado e que algumas lojas haviam migrado para o outro lado da rua, formando uma passarela gastronômica. Circulamos por lá pra conferir. Quiosques improvisados, onde os comerciantes tentam manter seus negócios dentro do que é possível. Pena... Mas a vista da Brooklin Bridge continua a mesma...


Pegamos novamente o Double Decker e seguimos até a Times Square. Entramos no Hard Rock para almoçar. Já era noite, virou almoço-janta. O Hard Rock é bem parecido com o daqui do Rio de Janeiro, porém lá a música não é ambiente não. O ambiente é a música! Mal dá pra conversar. Ainda bem que as músicas eram boas (eu gostei!), porque senão... Quem não curte o estilo, deve passar longe.


Alimentados e bem dispostos, fomos em direção a Toys R’us, ali mesmo na Times Square. Brinquedos para todos os gostos e idades. A loja é linda, tem uma roda gigante logo na entrada, que as crianças piram só de ver. Queria meus filhotes lá... Compensei a culpa e a saudade saindo de lá com um monte de brinquedos, que encheram uma mala grande ! 

Ah... Compras... Encerrei o 3º dia levinha, levinha... rssss Não me critiquem... Não é sempre que a gente faz isso!

No quarto dia: Central Park, American Museum of Natural History e Mamma Mia! Confira aqui!

Lower Manhattan Novamente começamos o dia com o café no Junior’s. Depois, pegamos o Double Decker, direção Downtown, para seguir para Wa...

Diário de viagem: 5 dias em Nova Iorque (Dia 2)

Começamos o dia tomando um café tipicamente americano, com direito a uma “tigela” de café (as porções são exageradas aqui!), torradas, bacon e ovos, no Junior’s (45St between Broadway and 8th Ave), pertinho do hotel.


Depois, hora de bater perna pelos pontos turísticos. Li num roteiro (http://www.guiaviajar.com.br/roteiros/roteiro-de-tres-dias-em-manhattan.html) que o ideal é dividir Nova Iorque em três áreas de concentração e circular cada dia pelas atrações do entorno. Segui a dica e dividi o nosso roteiro em Midtown, Lower e Upper Manhattan.

Partimos para explorar a Midtown, região onde se encontram a Times Square, a Broadway, o Empire State Building, a Grand Central Terminal, St. Patrick’s Cathedral, Rockefeller Center, dentre outros pontos marcantes da cidade.

Já havíamos comprado o Citypass (http://www.citypass.com/new-York), que é um talão de ingressos para 6 atrações de Nova York – Empire State, Top of the Rock, Museu Americano de História Natural, Metropolitan Museum, Museu Guggenheim, Estátua da Liberdade - , cujo preço sai muito mais em conta que se você comprasse os ingressos separadamente (cerca de US$ 79 a menos por adulto), além de possibilitar prioridade nas filas. Você apresenta o voucher do CityPass na bilheteria da primeira atração visitada e troca pelo talão.

Pegamos a 42nd st em direção à 5th Avenue. Logo na primeira quadra, encontramos o Bryant Park. O parque estava lotado e tive o meu primeiro choque: em todos os lados tinha gente mexendo no seu tablet ou smartphone, tranquilamente, como se estivessem no quintal da sua casa. A sensação de segurança era surpreendente. Ninguém olhava ressabiado para os lados, com medo de alguém levar sua bolsa ou seu aparelho. O Bryant Park é um pequeno parque, bonito e bem cuidado. Gente de todas as idades, namorando, dormindo, papeando, tomando café ou simplesmente camaleando sob o sol. Paramos um pouco para curtir aquele momento. Soube que aos domingos tem uma feirinha no parque e que no inverno tem uma pista de patinação.



Seguimos em direção à Biblioteca Pública (New York Public Library), que fica ao lado do parque, mas antes de chegar à escadaria, vi um banheiro público e resolvi entrar. Nooossa! Meu segundo choque: banheiro limpo e com cheiro de limpeza, com todos os materiais de higiene, inclusive protetor de assento, tudo funcionando! E uma senhora simpática e educada cuidando do ambiente, secando a pia, lustrando o espelho. Melhor que o banheiro de muitos shoppings daqui do Rio de Janeiro! E não precisava pagar nada, nem caixinha!

Ao lado, a New York Public Library! Impossível não reconhecer aquele prédio enorme no meio do quarteirão, todo em mármore branco, que foi cenário de muitos filmes que vi. Tem um tour guiado, mas apenas entramos e circulamos pelos corredores e salas. Você se impressiona com a arquitetura, a organização e o acervo disponível.


Seguindo pela 42nd st, chegamos ao Rockefeller Center, complexo de edifícios comerciais onde fica o Top of the Rock. Logo avistamos a estátua de Prometheu (titã que roubou o fogo dos deuses e deu aos homens, sendo condenado por Zeus a viver acorrentado e ter seu fígado comido por uma águia, regenerando a cada dia). É na praça do Rockefeller Center que fica a tradicional Árvore de Natal de Nova Iorque, onde Kevin reencontra sua mãe no filme Esqueceram de Mim 2 (Home Alone 2) e a pista onde Richard Gere e Winona Rider patinam no filme Outono em Nova York.


Nos 67º, 69º e 70º andares do Rockefeller Center está o Top of the Rock, observatório de onde você tem uma vista espetacular de Nova Iorque. A grande diferença do Top of the Rock para o Empire State é que o primeiro tem vista 360º da cidade, enquanto no Empire State você só avista um lado da cidade. O Central Park você só vê no Top of the Rock. Algumas pessoas escolhem ir em um ou outro. A escolha natural seria o Top of the Rock, por ter a vista mais completa. Eu queria conhecer os dois.

 Vista do Top of the Rock - Empire State ao centro

Vista do Top of the Rock - Central Park


Descendo do Top of the Rock, do outro lado da rua, praticamente em frente à estátua de Atlas, rei de Atlântida, titã condenado por Zeus a sustentar os céus para sempre, encontramos a Saint Patrick’s Cathedral, a maior catedral católica dos EUA. Entramos na hora que estava sendo celebrada uma missa. Sentei no banco e acompanhei uma parte, fascinada por ouvir a homilia em inglês. Achei curioso que no entorno da nave da igreja tem altares para diversos santos. E o interessante, com velas disponíveis e locais para depositá-las. Você acende a sua vela diante da imagem do santo e deixa uma contribuição na caixa de coleta, que fica ao lado. É claro que dei uma paradinha na imagem de Santo Antonio!


Saindo da Igreja, continuamos na mesma rua, em direção ao Radio City Music Hall, o antigo teatro que já foi o maior do mundo e onde acontecem grandes espetáculos. Depois, 5ª Avenida, para dar uma olhada nas lojas e sentir um pouco a atmosfera Sex in the City.


Seguimos pela Madison Avenue e pegamos novamente a 42nd st, onde chegamos à Grand Central Terminal, terminal metroviário e ferroviário de Nova Iorque. É enorme (é a maior estação do mundo), incrivelmente bonita, suntuosa, organizada e bem cuidada. Eu tive a sensação de que conhecia aquele lugar, de tantos filmes que vi que mostravam a estação. Tive que tirar uma foto na escadaria em que os personagens de Justin Timberlake e Mila Kunis se reencontram e se declaram no filme Amizade Colorida (Friends with Benefits), depois da apresentação de flash mob dance no saguão principal.


Descemos ao piso inferior para ver as lojas e restaurantes. Tem de tudo: tecnologia, acessórios, mercado de alimentos. Acabamos almoçando por lá, quase às 4pm, num restaurante-peixaria em que você escolhe o peixe e eles preparam na hora e servem no balcão. Não gostei muito do tempero, mas eu sou meio chata para comer, confesso. Meu marido gostou do prato dele.

Já passava das 5pm quando deixamos a Grand Central Terminal, pleno horário de rush. Muita gente circulando, aquela correria normal das pessoas voltando pra casa depois do trabalho. Voltamos ao hotel por volta das 6:30pm para um banho rápido e sair para realizar o sonho de assistir a um musical na Broadway. Spider-man: Turn off the dark! O primeiro musical a gente nunca esquece!

Já estávamos com o ingresso na mão, pois tinha comprado pela internet (http://www.ticketmaster.com/) e retirado na bilheteria do início da manhã, antes do tour Midtown. Como o teatro era muito perto do hotel (Foxwoods Theatre, 213 West 42nd Street), em 5 minutos já estávamos na porta. Muito organizado, como as principais casas de espetáculo no Rio de Janeiro, os atendentes já direcionavam para a posição dos assentos. A diferença foi que da porta até o nosso assento fomos abordados por 5 atendentes. Dava alguns passos, já tinha outro atendente posicionado, que novamente pedia o ticket e direcionava o caminho. Padrão Broadway de qualidade!

Sentamos na B 103-104, super bem posicionados na área central (orchestra) do palco. Era a minha primeira vez, queria ver os atores de perto, mas tinha lido num post que se ficasse muito perto não iria ver bem os efeitos visuais. No horário marcado, o show começou. 

Spider-Man é a maior produção da Broadway de todos os tempos e teve a maior pré-estreia da história. As letras e músicas são de membros do U2 e Bono. A história todo mundo já conhece: Peter Parker, o garoto franzino e desajeitado, apaixonado pela linda Mary Jane, adquire super poderes depois da picada da aranha, e se torna um super-herói depois de perder ver seu tio, com quem vivia, assassinado. No espetáculo, ele salva a cidade do terrível Aracne. Nada de especial, né ? Mas surpreende! A produção realmente é mega, o Spider-Man cruza o “céu” do teatro e luta acima de nossas cabeças com o Aracne, ao som de uma trilha de rock’n roll eletrizante. Vale a pena ver! Realmente um espetáculo!


Saindo do teatro eletrizados, resolvemos caminhar até o Empire State (350 5th Ave. and 34th St.), para apreciar a vista noturna da cidade. Além da paisagem diferente, já que vimos Nova Iorque do Top of the Rock de dia, a outra vantagem de ir à noite é que não tinha fila nenhuma. Apanhamos o elevador até os observatórios, no 86º e 102º. É impressionante como você sobe mais de oitenta andares rápido e sem sentir nada! Quase o mesmo tempo que levo para subir até o 11º andar no prédio onde trabalho.

Realmente, a vista noturna da cidade é incrível! As luzes da cidade brilhando, o pisca-pisca de lâmpadas que se acendem e apagam ao longe, o vento gelado no rosto... Experiência inesquecível ! Recomendo a quem for visitar as duas atrações, Top of the Rock e Empire State, fazer essa composição dia e noite. Você não se sente vendo a mesma coisa. Ah! Quem compra o CityPass tem a opção de voltar ao Empire State no mesmo dia da visita depois das 22h. Fica aberto até as 2h da manhã. Fica a dica.

De lá, fomos para a Times Square e entramos no Bubba Gump. Engraçado que eu já tinha passado em frente ao Bubba Gump em Orlando, mas não tinha caído a ficha que o restaurante é especializado em frutos do mar, especificamente camarões, embora a logo seja um camarãozinho - que eu nunca tinha notado! E mais: que o restaurante é inspirado no filme Forrest Gump! Tudo bem que eu assisti o filme há muitos anos, mas tudo parece óbvio agora. Adorei o restaurante! O garçon se esforçou pra arranhar um português com a gente (“Brazilians? Oi... Tudo bem ?” carregado de sotaque e na saída escreveu “Muito obrigado!” no ticket da conta). Simpático. Pedi uma massa com camarões ao alho, óleo e ervas e um suco de blueberry. Ainda não havia experimentado a frutinha. Azediiinha... O prato estava maravilhoso! 

Andamos mais um pouquinho e retornamos ao hotel, encerrando nosso 2º dia.

No próximo post, Lower Manhattan: Estátua da Liberdade, Wall Street, Charging Bull, Ground Zero / National September 11 Memorial & Museum. Nosso terceiro dia em NY. (Clique aqui.)

Começamos o dia tomando um café tipicamente americano, com direito a uma “tigela” de café (as porções são exageradas aqui!), torradas, bac...

Diário de viagem: 5 dias em Nova Iorque (Dia 1)


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I want to be a part of it: 
New York, New York

Ah... Nova Iorque! Tanta coisa pra ver e viver nessa cidade! E como tínhamos pouco tempo, apenas 5 dias, tentamos otimizar o roteiro, para conhecer tudo que um turista de primeira viagem não pode perder. Mas é claro que ficou muita coisa pra trás, outras que nem chegamos a cogitar porque o tempo não dava, várias que queria aproveitar mais... Motivos não faltam para voltar!

Chegamos às 7 h (hora local). Pegamos o shuttle no JFK e seguimos para Manhattan, às 8h da manhã. Além de ser plena hora do rush, demos a "sorte" de ter uma conferência do presidente Obama com os chanceleres na cidade, então muitas ruas estavam fechadas, havia policiais por toda a parte, enfim, tudo para a segurança das autoridades. Levamos mais de 2 horas para chegar ao hotel. Mas tudo era festa!

Agendei o transfer aeroporto x hotel pelo site http://www.goairlinkshuttle.com/. Dica de uma amiga, que disse que os táxis têm tarifa fixa para este trajeto, independente de onde seja o hotel na ilha, cerca de U$ 50, o que mais pedágio e gorjeta, daria uns U$ 65. No shuttle saiu a U$ 39, para 2 passageiros com 2 malas. Uma opção ainda mais econômica (e mais rápida) seria seguir de metrô, que tem integração com o aeroporto, mas preferimos ir apreciando a vista da cidade. 

A cidade de Nova Iorque tem cinco distritos: Bronx, Brooklyn, Manhattan, Queens e Staten Island. Pra quem vai passar poucos dias, a localização é fundamental, para ter facilidade de deslocamento para as atrações da cidade. O ideal é ficar dentro da ilha de Manhattan e de preferência no entorno do distrito dos teatros, entre a Brodway e a Times Square.

Andar em Manhattan é super fácil, parece um tabuleiro de xadrez e a maioria das ruas tem número. Quinta avenida é a famosa avenida das grifes, depois vêm a sexta, a sétima, a oitava... Cruzando as avenidas, as ruas também são numeradas. A Times Square é a área que está localizada na junção da Broadway com a 7ª Avenida, entre a ruas 42 e 47 Oeste. Ficando perto dessa meiúca, você está no agito! 

O hotel que ficamos é um dos queridinhos dos brasileiros. Você só ouve português nos halls e elevadores. Tem recepcionista brasileiro, inclusive. The Milford Plaza Hotel New York (700 8th Avenue) fica no coração do Distrito dos teatros, na oitava avenida, a uma quadra da Times Square. Reservei pelo Booking.com (diária de US$ 366.00 mais 14,75% impostos). O hotel fica perto de tudo. A pé você chega às principais atrações da cidade e está a 5 minutos dos principais teatros para fechar (ou abrir) a noite com um super musical. Certamente você encontra opções mais baratas, mas você tem que considerar também a comodidade de estar bem localizado e poder passar no hotel para um banho entre uma andança e outra. 


Logo na chegada, buscamos nosso ticket para o ônibus turístico (Double Decker) no Gray Line New York (777 8th Avenue). Já tinha comprado o voucher pela internet (http://www.newyorksightseeing.com/). O passeio no Double Decker facilita a imersão em Nova Iorque, pois você passa pelos principais pontos e vai se localizando na cidade. Nas principais atrações turísticas, tem parada. Você pode descer, conhecer e pegar o ônibus seguinte. Eu achei uma curtição apreciar a cidade, seus arranha-céus e toda a sua comunicação visual do alto do ônibus. Compramos um pacote de 72 horas (US$ 64 por adulto) e pudemos aproveitar também o ônibus como meio de deslocamento nos dias seguintes para as atrações que queríamos visitar. Recomendo!


Fizemos o circuito Downtown, passando por Greenwich Village, Times Square, Empire State Building, SoHo, Chinatown, Little Italy, Lower East Side, East Village, Rockefeller Center e outros. Super demais!

Depois do passeio, nossa primeira parada foi na Times Square. Eu precisava ver de perto a famosa "bola" que reúne os novaiorquinos e turistas na virada do ano. A "bola", tema do filme New Year's Eve, que todo mundo espera descer na noite de Ano Novo... E lá estava ela, no alto da torre, marcando o ano de 2013. Confesso que eu imaginava que fosse maior e que descesse uma distância mais longa, mas não perdeu o encanto.


De lá, seguimos para a Macy’s, maior loja de departamento do mundo (151 Oeste 34th St. entre a 6th e a 7th Aves)! Conhecer a loja já estava no roteiro, mas é claro que não seria uma prioridade se não fosse a baixa temperatura inesperada que pegamos, que me forçou a comprar uma bota e reforçar o agasalho. Mas foi ótimo para circular a pé.


Na sequencia, museu de cera Madame Tussaud’s (234 W 42nd St between 7th and 8th Aves). Verdadeiras obras de arte, além de ser engraçado! Algumas peças, pelo tempo que foram esculpidas, hoje já não retratam a aparência do modelo, como Pelé ou Paul McCartney (a estátua dele é ainda compondo os Beatles), mas é impressionante ver mesmo assim. Viagem no tempo! Sem contar aquelas de personalidades já falecidas, como o papa João Paulo II, Michael Jackson, Elvis Presley. Como na semana que estivemos lá o Presidente Obama estava na cidade em uma conferência que foi mundialmente divulgada, quando mostrei à minha mãe a minha foto com a estátua do presidente e da primeira dama, ela chegou a pensar que era verdadeira ! Funciona de 10am às 8pm e custa U$ 30.


Na saída, já havia anoitecido e pudemos ver as luzes da cidade. É ainda mais impressionante à noite! Luminosos gigantescos no alto dos prédios, transmissões de TV nos telões, lojas reluzindo, ruas cheias, pessoas animadas, flashes para todos os lados! Tudo aquilo que você vê nos filmes! Nessa hora caiu a ficha: eu realmente estava em Nova Iorque! 


Passamos no hotel para um banho e saímos novamente. Dessa vez, pra jantar no badalado restaurante Buddakan (75 9th Avenue), aquele onde aconteceu o jantar de ensaio do casamento de Carrie e Big da série Sex and the City. Já tinha feito a reserva pelo site (http://www.opentable.com/buddakan-new-york) e estava até com o meu pedido na cabeça, que tinha sido indicado por uma amiga: Sweet and crispy jumbo shrimp. Ah! E não podia deixar de experimentar os drinks, que diz ela, são especialidades da casa!

(Imagem do site)

O Buddakan é maravilhoso! Linda decoração estilo asiático, ambiente à meia-luz, velas na mesa... Romântico, sem ser brega. Atendimento excelente, serviço rápido, garçons simpáticos. E a comida... Muito saborosa! Nunca provei um camarão daqueles! Adocicado na medida certa. Tenro. Delicioso! Meu marido pediu um prato com frango, também gostou. Achei o preço adequado, considerando o lugar e a qualidade do serviço! Cerca de US$ 70 por pessoa.

Depois do jantar, como estávamos cansados da viagem, fomos direto para o hotel. Assim encerramos nosso primeiro dia. Nova Iorque não dorme, mas nós, sim! (Ou não!)

No próximo post, nosso segundo dia em NY: Rockefeller Center, Top of the Rock, St. Patrick’s Cathedral, Grand Central Terminal, Empire State e muito mais. Clique aqui.

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