Diário de viagem: 5 dias em Nova Iorque (Dia 2)

Começamos o dia tomando um café tipicamente americano, com direito a uma “tigela” de café (as porções são exageradas aqui!), torradas, bacon e ovos, no Junior’s (45St between Broadway and 8th Ave), pertinho do hotel.


Depois, hora de bater perna pelos pontos turísticos. Li num roteiro (http://www.guiaviajar.com.br/roteiros/roteiro-de-tres-dias-em-manhattan.html) que o ideal é dividir Nova Iorque em três áreas de concentração e circular cada dia pelas atrações do entorno. Segui a dica e dividi o nosso roteiro em Midtown, Lower e Upper Manhattan.

Partimos para explorar a Midtown, região onde se encontram a Times Square, a Broadway, o Empire State Building, a Grand Central Terminal, St. Patrick’s Cathedral, Rockefeller Center, dentre outros pontos marcantes da cidade.

Já havíamos comprado o Citypass (http://www.citypass.com/new-York), que é um talão de ingressos para 6 atrações de Nova York – Empire State, Top of the Rock, Museu Americano de História Natural, Metropolitan Museum, Museu Guggenheim, Estátua da Liberdade - , cujo preço sai muito mais em conta que se você comprasse os ingressos separadamente (cerca de US$ 79 a menos por adulto), além de possibilitar prioridade nas filas. Você apresenta o voucher do CityPass na bilheteria da primeira atração visitada e troca pelo talão.

Pegamos a 42nd st em direção à 5th Avenue. Logo na primeira quadra, encontramos o Bryant Park. O parque estava lotado e tive o meu primeiro choque: em todos os lados tinha gente mexendo no seu tablet ou smartphone, tranquilamente, como se estivessem no quintal da sua casa. A sensação de segurança era surpreendente. Ninguém olhava ressabiado para os lados, com medo de alguém levar sua bolsa ou seu aparelho. O Bryant Park é um pequeno parque, bonito e bem cuidado. Gente de todas as idades, namorando, dormindo, papeando, tomando café ou simplesmente camaleando sob o sol. Paramos um pouco para curtir aquele momento. Soube que aos domingos tem uma feirinha no parque e que no inverno tem uma pista de patinação.



Seguimos em direção à Biblioteca Pública (New York Public Library), que fica ao lado do parque, mas antes de chegar à escadaria, vi um banheiro público e resolvi entrar. Nooossa! Meu segundo choque: banheiro limpo e com cheiro de limpeza, com todos os materiais de higiene, inclusive protetor de assento, tudo funcionando! E uma senhora simpática e educada cuidando do ambiente, secando a pia, lustrando o espelho. Melhor que o banheiro de muitos shoppings daqui do Rio de Janeiro! E não precisava pagar nada, nem caixinha!

Ao lado, a New York Public Library! Impossível não reconhecer aquele prédio enorme no meio do quarteirão, todo em mármore branco, que foi cenário de muitos filmes que vi. Tem um tour guiado, mas apenas entramos e circulamos pelos corredores e salas. Você se impressiona com a arquitetura, a organização e o acervo disponível.


Seguindo pela 42nd st, chegamos ao Rockefeller Center, complexo de edifícios comerciais onde fica o Top of the Rock. Logo avistamos a estátua de Prometheu (titã que roubou o fogo dos deuses e deu aos homens, sendo condenado por Zeus a viver acorrentado e ter seu fígado comido por uma águia, regenerando a cada dia). É na praça do Rockefeller Center que fica a tradicional Árvore de Natal de Nova Iorque, onde Kevin reencontra sua mãe no filme Esqueceram de Mim 2 (Home Alone 2) e a pista onde Richard Gere e Winona Rider patinam no filme Outono em Nova York.


Nos 67º, 69º e 70º andares do Rockefeller Center está o Top of the Rock, observatório de onde você tem uma vista espetacular de Nova Iorque. A grande diferença do Top of the Rock para o Empire State é que o primeiro tem vista 360º da cidade, enquanto no Empire State você só avista um lado da cidade. O Central Park você só vê no Top of the Rock. Algumas pessoas escolhem ir em um ou outro. A escolha natural seria o Top of the Rock, por ter a vista mais completa. Eu queria conhecer os dois.

 Vista do Top of the Rock - Empire State ao centro

Vista do Top of the Rock - Central Park


Descendo do Top of the Rock, do outro lado da rua, praticamente em frente à estátua de Atlas, rei de Atlântida, titã condenado por Zeus a sustentar os céus para sempre, encontramos a Saint Patrick’s Cathedral, a maior catedral católica dos EUA. Entramos na hora que estava sendo celebrada uma missa. Sentei no banco e acompanhei uma parte, fascinada por ouvir a homilia em inglês. Achei curioso que no entorno da nave da igreja tem altares para diversos santos. E o interessante, com velas disponíveis e locais para depositá-las. Você acende a sua vela diante da imagem do santo e deixa uma contribuição na caixa de coleta, que fica ao lado. É claro que dei uma paradinha na imagem de Santo Antonio!


Saindo da Igreja, continuamos na mesma rua, em direção ao Radio City Music Hall, o antigo teatro que já foi o maior do mundo e onde acontecem grandes espetáculos. Depois, 5ª Avenida, para dar uma olhada nas lojas e sentir um pouco a atmosfera Sex in the City.


Seguimos pela Madison Avenue e pegamos novamente a 42nd st, onde chegamos à Grand Central Terminal, terminal metroviário e ferroviário de Nova Iorque. É enorme (é a maior estação do mundo), incrivelmente bonita, suntuosa, organizada e bem cuidada. Eu tive a sensação de que conhecia aquele lugar, de tantos filmes que vi que mostravam a estação. Tive que tirar uma foto na escadaria em que os personagens de Justin Timberlake e Mila Kunis se reencontram e se declaram no filme Amizade Colorida (Friends with Benefits), depois da apresentação de flash mob dance no saguão principal.


Descemos ao piso inferior para ver as lojas e restaurantes. Tem de tudo: tecnologia, acessórios, mercado de alimentos. Acabamos almoçando por lá, quase às 4pm, num restaurante-peixaria em que você escolhe o peixe e eles preparam na hora e servem no balcão. Não gostei muito do tempero, mas eu sou meio chata para comer, confesso. Meu marido gostou do prato dele.

Já passava das 5pm quando deixamos a Grand Central Terminal, pleno horário de rush. Muita gente circulando, aquela correria normal das pessoas voltando pra casa depois do trabalho. Voltamos ao hotel por volta das 6:30pm para um banho rápido e sair para realizar o sonho de assistir a um musical na Broadway. Spider-man: Turn off the dark! O primeiro musical a gente nunca esquece!

Já estávamos com o ingresso na mão, pois tinha comprado pela internet (http://www.ticketmaster.com/) e retirado na bilheteria do início da manhã, antes do tour Midtown. Como o teatro era muito perto do hotel (Foxwoods Theatre, 213 West 42nd Street), em 5 minutos já estávamos na porta. Muito organizado, como as principais casas de espetáculo no Rio de Janeiro, os atendentes já direcionavam para a posição dos assentos. A diferença foi que da porta até o nosso assento fomos abordados por 5 atendentes. Dava alguns passos, já tinha outro atendente posicionado, que novamente pedia o ticket e direcionava o caminho. Padrão Broadway de qualidade!

Sentamos na B 103-104, super bem posicionados na área central (orchestra) do palco. Era a minha primeira vez, queria ver os atores de perto, mas tinha lido num post que se ficasse muito perto não iria ver bem os efeitos visuais. No horário marcado, o show começou. 

Spider-Man é a maior produção da Broadway de todos os tempos e teve a maior pré-estreia da história. As letras e músicas são de membros do U2 e Bono. A história todo mundo já conhece: Peter Parker, o garoto franzino e desajeitado, apaixonado pela linda Mary Jane, adquire super poderes depois da picada da aranha, e se torna um super-herói depois de perder ver seu tio, com quem vivia, assassinado. No espetáculo, ele salva a cidade do terrível Aracne. Nada de especial, né ? Mas surpreende! A produção realmente é mega, o Spider-Man cruza o “céu” do teatro e luta acima de nossas cabeças com o Aracne, ao som de uma trilha de rock’n roll eletrizante. Vale a pena ver! Realmente um espetáculo!


Saindo do teatro eletrizados, resolvemos caminhar até o Empire State (350 5th Ave. and 34th St.), para apreciar a vista noturna da cidade. Além da paisagem diferente, já que vimos Nova Iorque do Top of the Rock de dia, a outra vantagem de ir à noite é que não tinha fila nenhuma. Apanhamos o elevador até os observatórios, no 86º e 102º. É impressionante como você sobe mais de oitenta andares rápido e sem sentir nada! Quase o mesmo tempo que levo para subir até o 11º andar no prédio onde trabalho.

Realmente, a vista noturna da cidade é incrível! As luzes da cidade brilhando, o pisca-pisca de lâmpadas que se acendem e apagam ao longe, o vento gelado no rosto... Experiência inesquecível ! Recomendo a quem for visitar as duas atrações, Top of the Rock e Empire State, fazer essa composição dia e noite. Você não se sente vendo a mesma coisa. Ah! Quem compra o CityPass tem a opção de voltar ao Empire State no mesmo dia da visita depois das 22h. Fica aberto até as 2h da manhã. Fica a dica.

De lá, fomos para a Times Square e entramos no Bubba Gump. Engraçado que eu já tinha passado em frente ao Bubba Gump em Orlando, mas não tinha caído a ficha que o restaurante é especializado em frutos do mar, especificamente camarões, embora a logo seja um camarãozinho - que eu nunca tinha notado! E mais: que o restaurante é inspirado no filme Forrest Gump! Tudo bem que eu assisti o filme há muitos anos, mas tudo parece óbvio agora. Adorei o restaurante! O garçon se esforçou pra arranhar um português com a gente (“Brazilians? Oi... Tudo bem ?” carregado de sotaque e na saída escreveu “Muito obrigado!” no ticket da conta). Simpático. Pedi uma massa com camarões ao alho, óleo e ervas e um suco de blueberry. Ainda não havia experimentado a frutinha. Azediiinha... O prato estava maravilhoso! 

Andamos mais um pouquinho e retornamos ao hotel, encerrando nosso 2º dia.

No próximo post, Lower Manhattan: Estátua da Liberdade, Wall Street, Charging Bull, Ground Zero / National September 11 Memorial & Museum. Nosso terceiro dia em NY. (Clique aqui.)

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