Dicas de Viagem: Tiradentes - MG


Fundada no início do século XVIII, essa cidade histórica ainda preserva a sua arquitetura, beleza e calmaria.

Tendo a Serra de São José como pano de fundo, essa cidade charmosa de calçamento de pedras pés-de-moleque é recheada de relíquias históricas, como igrejas seculares e antigos sobrados, que abrigam restaurantes, pousadas e lojas de artesanato.

A cidade tem um ritmo próprio. Não sei se pelas charretes que circulam ou pelo costume ainda presente de sentar na praça e papear sob as árvores, o fato é que parece que a cidade não tem pressa e nos contagia com esse clima diferente, aquela sensação que o que importa é o aqui e agora. Difícil não se encantar.

Tiradentes tem muito o que explorar. Neste post, vou sugerir o que você não pode deixar de visitar.

DICA: Use calçados confortáveis, pois o calçamento das ruas é irregular e a cidade é cheia de altos e baixos.


Largo das Forras

Principal praça de Tiradentes, o Largo das Forras é o ponto de encontro das ruas principais do Centro Histórico e o point do agito da cidade. A praça recebeu esse nome por ter sido o local onde os escravos recebiam suas cartas de alforria.


Também ficam no entorno da praça, diversos restaurantes, bares, lojas de artesanatos e produtos típicos.



Ao redor da praça, a gente vê estacionadas as tradicionais charretes que levam os turistas para uma volta pelos principais monumentos históricos e igrejas da região.


Eu sei, você deve estar pensando "maldade com os cavalinhos!". Confesso que tivemos um dilema de consciência, mas é tradição do lugar, as ruas são estreitas, carro não acessa todos os lugares, a coluna da minha mãe não permite longas caminhadas... Então, fechamos duas charretes, para aliviar o peso, e seguimos. Não vimos maus tratos dos condutores com os cavalinhos no passeio.


Eu escolhi a charrete das princesas (aquela cor de rosa) e fomos explorar o centro histórico. Bora lá ?

Capela Bom Jesus da Pobreza

Construção datada aproximadamente da segunda metade do século XVIII, esta a capela é chamada de Bom Jesus Agonizante, mas ficou conhecida mesmo por Bom Jesus da Pobreza, por sua simplicidade. Fica bem ali no Largo das Forras. 


Chafariz de São José

O Chafariz de São José é a primeira parada no passeio pelo Centro Histórico. Esse aqueduto foi construído em 1749 para abastecer a cidade de água potável.

A construção parece uma fachada de igreja e tem três carrancas esculpidas em pedra, que jorram água em um tanque único. Acima, a imagem de São José de Botas e um brasão de Portugal.

Duas curiosidades sobre o chafariz:

1) Dizem que a fonte realiza desejos. Então, vá com fé e faça o seu pedido!

2) Como no passado as mulheres iam pra lá lavar a roupa, enquanto umas lavavam, outras esperavam sentadas nos bancos de pedra no entorno, que ficaram conhecidos como Banco das Fofoqueiras.

Olha minha irmã e eu fazendo fofoca! kkkkk

Localização:
Largo do Chafariz - Centro Histórico


Igreja Nossa Senhora do Rosário

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário é considerada a mais antiga da cidade. A primitiva capela foi erguida pela Irmandade dos Homens Pretos, provavelmente, em 1708. Foi construída exclusivamente para os negros escravos. Segundo o nosso guia, branco nesta igreja, só o padre mesmo.


A igreja é bastante simples, sem aquela suntuosidade tradicional das igrejas mineiras. De acordo com o guia, o pouco ouro do interior da igreja teria sido roubado dos senhores pelos escravos. O pó de ouro era misturado nos pelos dos cavalos e escondido com poeira. A expressão "lavar a égua" teria vindo daí, pois significava que os escravos tinham recolhido o pó de ouro escondido. (Eu não fazia ideia disso!)  

As imagens na igreja são de 3 santos negros: São Benedito, Santo Antônio de Cartagerona e Santo Elesbão.

Localização: Rua Direita – Centro Histórico


Matriz de Santo Antônio

A Matriz de Santo Antônio é a principal igreja da cidade. Independente disso, quem me conhece, sabe que eu jamais perderia a chance de conhecer uma igreja cujo padroeiro é Santo Antônio! #amosantoantonio

A igreja é pura história: foi construída em 1710; tem fachada de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho; tem um antigo órgão trazido de Portugal em 1788 (que ainda funciona!); e tem um relógio de sol, colocado no adro da igreja em 1785, que se tornou símbolo da cidade.

É a segunda igreja em ouro e uma das mais belas construções barrocas do Brasil. 

Na lateral esquerda e fundos da Igreja, fica um cemitério, como era muito comum no passado. O local é  florido e bem cuidado, e o engraçado é que as pessoas ficam sentadas ali, amarradonas, como se estivessem num parque ou jardim. Também não precisa tanto... kkkk


Localização: Rua da Câmara - Centro Histórico

Capela de São João Evangelista

Ela está entre as mais simples igrejas de Tiradentes e pode até passar despercebida aos olhos mais desatentos. Construída em meados do século XVIII, a Capela de São João Evangelista está localizada na tranquila Rua Padre Toledo e tem fachada sem torres. O sino está disposto em uma das janelas.

O interior segue a simplicidade exterior e não apresenta grandes obras em imagens ou pinturas. A igreja se destaca por ser o local de sepultamento do compositor do século XVIII Manoel Dias de Oliveira.



Monumento a Tiradentes

Ali no largo onde fica a Capela de São João Evangelista, está um monumento erguido em 1962 em homenagem Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, o herói nacional que deu nome à cidade. Tinha fila para fotografar junto ao monumento.


É claro que eu não deixaria de registrar uma foto também!
Localização:
Largo do Sol - Centro Histórico

Capelinhas dos Passos da Paixão de Cristo


Você vai ver pela cidade seis capelinhas como esta, com pequenos altares que representam os marcos da Via Sacra e fazem parte da tradição religiosa de Tiradentes. Os passinhos ficam abertos durante a Semana Santa, quando são pontos da procissão da Paixão de Cristo.

Você vai ver que este circuito pode ser feito tranquilamente numa tarde.

Passeio de Maria Fumaça - Estação Ferroviária

O passeio de Maria Fumaça completa o clima nostálgico de Tiradentes e eu considero imperdível. São 12 quilômetros pela ferrovia, a Estrada de Ferro Oeste de Minas, inaugurada por Dom Pedro II, de Tiradentes até São João Del Rei, a bordo da Maria Fumaça mais antiga do Brasil.

Tem fila para compra de bilhetes. Recomendo chegar cedo ou terá que comprar para o dia seguinte, pois esgotam. Você pode comprar o bilhete de ida e volta ou comprar só de ida e fechar um transfer para o retorno. Em geral, são dois horários de partida de Tiradentes, um às 11h e outro às 16h.


Na fila os guias turísticos apresentam passeios que envolvem pegar os visitantes na frente da Estação Ferroviária de São João Del Rei, um tour pela cidade e retorno para Tiradentes.


Se você quiser comprar antecipadamente os ingressos, pode acessar aqui.

No próximo post, eu conto como foi esse passeio de Maria Fumaça e o tour por São João Del Rei.

Bj bj!

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