Aqui entre nós, mulheres...

Sem levantar bandeira da maternidade romanceada, tampouco desvalorizar a escolha das mulheres que optam por não ter filhos... Não vejo o menor sentido em defender uma posição ou outra. É muito simples criticar a decisão que não é a sua. Esse post é sobre o respeito à escolha alheia.

Eu sempre priorizei a estabilidade profissional antes de constituir família, mas nunca sequer cogitei abrir mão do sonho de ser mãe. Não seria completa se não fosse mãe. Meu sentimento, minha opção. Esse caminho, apesar de tantas mulheres optarem por ele, também não é livre de críticas.

Há mães que abandonaram suas carreiras para viver intensa e exclusivamente a maternidade e se colocam na posição de "mães de verdade" , aquelas que decidiram se dedicar integralmente à família, que fizeram a escolha de se dar pelos filhos, como fizeram nossas avós. Avós ? Pra elas, nem se comparam! Nossas avós não tinham escolha, elas tiveram e assim o fizeram! Palmas para elas, mas por que são melhores do que eu ou você?

Há mulheres que optaram por não ter filhos e não dividir o foco da carreira e se sentem mais comprometidas com a organização do que você, porque nunca precisaram sair mais cedo do trabalho porque a filha estava com febre alta na escola. Palmas para elas, mas mesmo diante de uma indisponibilidade eventual, que você só exerce em última circunstância, você deixa de compensar e fazer as devidas entregas à organização? Deixa de cumprir as suas metas?

Eu amo ser mãe, mas assumo que dei graças a Deus quando acabou a licença maternidade e pude voltar ao trabalho. A rotina de dona de casa e mãe em tempo integral não é fácil! Tomar um banho sem pressa ? Comer uma refeição sem interrupção ? Dormir um sono pesado por 4 horas ? Ah... Tudo isso virou um sonho distante... Sem contar que já não me reconhecia descabelada, mal cuidada e desarrumada na frente do espelho. Isso quando eu conseguia tirar o pijama...

Eu amo meu trabalho, mas também já me questionei muitas vezes se realmente vale a pena, se estou fazendo a opção correta, se estou dando conta de equilibrar o trabalho, que me exige resultados, com aquela parte que não nos cobra as metas hoje, mas que pode cobrar no futuro na forma de arrependimento... Também não é fácil.

Assim, aqui entre nós, mulheres, queria propor um pacto: vamos parar de blá-blá-blá e mimimi e respeitar a opção da outra? Antes de levantar bandeiras e defender sua verdade, vamos lembrar que nada é único ou inequívoco. O que serve pra uma, não serve para todas. Se já não bastassem as dificuldades de lidar com a pressão que existe sobre os ombros das mulheres e com as nossas culpas e neuras, ainda temos que administrar uma disputa entre nós mesmas? Sejamos felizes, cada uma à sua maneira!

Bj bj!


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