Placebos da vida

O livro "Pequenas grandes coisas", de Albert Figueras, na contracapa questiona ao leitor quantas vezes, para "desestressar", saiu com o cachorro para um passeio ou chegou em casa mal humorado e uma música lhe fez se sentir melhor. Momentos simples que nos fazem sentir melhor. É com essa a tônica que o livro busca alertar que para ser feliz a gente só precisa tirar proveito de pequenas coisas, que se tornam grandes. Gostei de cara! Aliás, de capa!

O autor começa desmistificando a crença no "felizes para sempre", defendendo que a felicidade é um bem-estar limitado no tempo, efêmero. Isso porque o próprio cérebro deixa de dar atenção a um estímulo prolongado. É a oscilação de emoções entre os momentos que nos sentimos bem e os que não nos sentimos tão bem que marca o momento feliz. Assim, a felicidade como estado permanente não existe, mas sim momentos de bem-estar, que podem escapar se não estivermos atentos ao presente. É um balde de água fria para a nossa visão romântica da felicidade, mas por outro lado, nos reforça que cada momento é uma oportunidade de ser feliz.

Aí entram os placebos da vida, que são ações ou situações que contribuem para aumentar o bem-estar e reduzir o estresse, potencializando os momentos positivos e minimizando os efeitos dos momentos negativos da vida. O autor relata diversas pesquisas científicas que embasam o efeito placebo na medicina e ilustra diversos ensaios para defender que o placebo também se aplica na psicologia. 

O placebo pode ser a sua música preferida, aquela que exerce um efeito relaxante e transforma seu estado de espírito. O placebo pode ser a religião, a atividade coletiva. O placebo pode ser um contato físico, um abraço, uma massagem. Pode ser um cheiro, que pode despertar lembranças de momentos e pessoas. Pode ser uma atividade física, como caminhar, correr, pedalar. Ou simplesmente dar uma boa gargalhada. Daquelas de chorar. O placebo pode ser alguém. Pode ser qualquer coisa que contribua para o seu bem-estar, para viver melhor. 

A felicidade é conquistada quando se desfruta dos placebos da vida. Não existe receita. Cada pessoa precisa identificar os seus próprios placebos, as suas pílulas para a felicidade, que estão à sua volta, em casa, no trabalho, na rua. Basta prestar atenção. Quem nunca sorriu ao ver uma criança brincando ? Quem nunca aumentou o som do rádio  ao ouvir a sua música preferida tocar e esqueceu que estava preso no engarrafamento ? Quem nunca esqueceu todos os problemas dentro de um abraço ?

Descobrir os placebos da sua vida, as pequenas coisas que representam muito para você, e fazer uso delas, é a sua receita para viver feliz.

 


  

O livro "Pequenas grandes coisas", de Albert Figueras, na contracapa questiona ao leitor quantas vezes, para "desestressar...

Férias !


Férias. Enfim, um tempo para você. 
Você idealiza esse período como se fosse infinito e como se pudesse fazer tudo que tem desejado e vem culpando a falta de tempo por não realizar.
Finalmente, férias. Não importa se são apenas duas semanas. Na verdade, é melhor não contar o tempo. Simplesmente vivê-lo. 
Infelizmente as férias acabam, deixando aquela sensação de projeto inacabado, de que ainda havia tanto a fazer! 
Mas ficam as lembranças, que enriquecem a sua existência. Memórias que ficam registradas no seu arquivo pessoal, onde sempre que você acessar, reacenderão o seu sorriso. 
São essas boas recordações que vão servir de combustível para mais um período, até que cheguem as próximas férias.

Férias. Enfim, um tempo para você.  Você idealiza esse período como se fosse infinito e como se pudesse fazer tudo que tem desejado ...