Baldes, barcos e amores


Li esse provérbio na linha do tempo do Facebook de um amigo e me chamou a atenção. A frase pode ser interpretada como um alerta a se ter prudência nas decisões. Bem empregada. Mas me preocupou a sua aplicação em relação às pessoas. Me entristece pensar que muita gente descarta amigos e amores com a mesma facilidade com que jogam fora um balde velho. Ou que mantém relacionamentos simultâneos, como o balde velho e o novo, enquanto adiam uma decisão. Não sei bem o que é pior.

Trocar o balde só depois de ter certeza que o novo segura a água é a mesma coisa que ficar com um pé num barco e o outro, no outro, até se ter segurança o bastante para levar o segundo pé. Isso pode parecer fácil no início, mas não dá pra navegar assim. Qualquer balanço derruba o barqueiro e afeta os dois barcos, colocando-se em risco carga preciosa.

Tem uma frase que é atribuída a Johnny Deep (não sei se é mesmo dele, mas me fez admirar ainda mais o ator), que traduz exatamente isso: "Se você acha que ama duas pessoas ao mesmo tempo, escolha a segunda. Porque se você realmente amasse a primeira, não teria uma segunda opção". Ou seja, quando você decide tirar a primeira perna do barco, é porque o seu coração já o deixou há tempos.

O amor é um abismo no escuro. Ou você arrisca de uma vez, se lançando na escuridão, ou você não vive o amor na sua plenitude. Sem meio termo. Nem dois baldes.



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2 comentários:

  1. Kinha, palavras sábias, fortes e importantes, muito importantes. beijos.

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    1. Pois é, Carlos, são fortes... Porque a carga do barco é a mais preciosa que se tem. Tem que se ter clareza do que se põe em risco para zelar pelas atitudes. Gde beijo!

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