Arrependimento. Aquele sentimento que incomoda quem fez algo do qual não se orgulha ou que gostaria de ter feito diferente. Às vezes, o arrependimento já nasce na hora, você faz e já se arrepende. Outras, chega um pouco mais tarde, depois que você conclui que diversas coisas que aconteceram foram consequências daquele primeiro ato, que você não pode voltar atrás.
Pequeno ou grande, todo mundo tem um arrependimento. Mesmo que o tenha aproveitado como aprendizado e reconheça a sua importância para seu amadurecimento. Não se trata de algo que exatamente você queira apagar da sua história, mas algo que você sabe que hoje faria diferente. E talvez por isso seja tão importante: pelo legado que deixou para você.
É algo intimamente seu. Longe dos julgamentos dos outros, o arrependimento é o seu olhar sobre si mesmo. E possivelmente por isso seja tão duro de encarar.
Estou falando sobre arrependimento para chegar no alvo dessa postagem: o perdão. Se você entende o que é arrepender-se, deve compreender que o que vem no outro lado da balança é o perdão. O arrependimento sozinho é culpa, é dor, é punição. Isso pesa o coração, acorrenta a alma. Somente com o perdão o arrependimento leva ao equilíbrio, ao recomeço, à libertação.
Muitas vezes a gente se agarra às mágoas sofridas e esquece que quem nos magoou é alguém como nós, que também comete falhas e se arrepende. Saber perdoar é conceder reciprocidade a uma limitação humana que você também tem. O homem falha, magoa, machuca. Hoje é você quem sofre, mas pode já ter feito o mesmo com outros, em situações que pode nem ter percebido. Afinal, só sabe a intensidade da dor quem a sente.
Portanto, quem tem motivos para se arrepender, também tem que reconhecer que há momentos de perdoar, independente da culpa ou do mérito. Conceder perdão é escolher virar a página. Não é sinal de fraqueza nem de submissão. É sinal de maturidade, porque você conclui que ter razão nem sempre é tudo que precisa para ser feliz. Por isso, quanto antes você liberar o perdão, melhor para você mesmo. Porque perdoar não significa rendição, mas redenção.
“Perdoa, que perdoando terás a tua alma em paz e a terá quem te ofendeu” (Madre Teresa de Calcutá).
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