Vampiro emocional



Ontem, no curso de inglês, o tema da conversação foi "Psi Vamp" - vampiro psíquico, também conhecido como vampiro emocional. É interessante como existem mais vampiros à luz do dia do que imaginamos...

Vampiro emocional é aquela pessoa que drena a energia das outras. Drena suas forças físicas e mentais. Você passa um tempo com ela e sai descarregada... Se sente esgotada. Muitos vampiros emocionais não têm consciência que são. Mas outros sabem e se sentem desafiados a exercer a sua influência e fazer sua visão preponderar sobre as demais. Aquele tipo de pessoa que vence pelo poder de influência, pela sedução ou mesmo pelo cansaço.

Não é fácil identificar um vampiro emocional. Assim como o personagem dos filmes, o vampiro é envolvente e sedutor. Ele não ataca sua presa à força, em geral, ela se entrega a ele. Do mesmo modo, as vítimas do vampiro emocional entregam a ele o que têm por vontade própria, sem perceber o mal que causam a si mesmas. Pode ser aquele cara apaixonante que consegue tudo de você. Pode ser o filho explorador que consegue fazer com que a mãe viva para cuidar dele. Pode ser aquela criança que já aprendeu a manipular os pais com denguinho. Pode ser aquele irmão mais velho que só sabe criticar. Pode ser aquele colega de trabalho que consegue convencer os outros a carregar o piano por ele. Pode ser aquele chefe que tira o sangue da equipe sorrindo.  

Os vampiros emocionais só pensam em si mesmos, estão sempre interessados no seu próprio favorecimento. Somente suas opiniões prevalecem, são os donos da verdade. Eles se utilizam das fraquezas das vítimas para conquistar sua confiança. Em geral, as presas têm uma relação emocional com seus vampiros. Por isso, é tão difícil se afastar deles.

Pessoas que têm dificuldades para dizer não, com baixa auto-estima e que são sempre sensíveis aos problemas dos outros e dispostas a ajudar são as maiores vítimas dos vampiros emocionais. Se a ação dos vampiros se dá consciente ou inconscientemente, não importa quando se trata dos efeitos. Os vampiros emocionais sugam a sua força vital, nesse caso, não o sangue, como nos filmes, mas suas emoções, suas idéias, sua força de vontade, sua individualidade. Mas para isso, a presa se apresenta em estado de plena permissividade. Esse é o ponto: a vítima do vampiro precisa lembrar que ela se deixa dominar. Só assim ela perceberá que a sua libertação depende exclusivamente dela.  

Não adianta confrontar um vampiro emocional. Eles dificilmente se reconhecem como tal. São como os personagens, que não vêem sua imagem refletida no espelho. Os vampiros emocionais não se vêem como são. 

Para escapar deles, não adianta dente de alho, crucifixo ou água benta. Isso não os afeta. A saída é ficar o mais longe possível. Se você puder... Se não, a solução é impor limites, não ser permissiva demais, para neutralizar sua ação. Dançar conforme a música, mas conduzindo a coreografia:

"Ooooooooooh... Que terror!
Ooooooooh... Na dança do vampiro!"

Boa sorte!

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